Lançamento E-Book _ Palhaços Excêntricos Musicais
Autor: Erminia Silva e Celso Amâncio de Melo Filho
Sinopse:
Há tempos que a historiadora Erminia Silva investe contra esse tipo de desinformação e de preconceito. Desde sua dissertação de mestrado sobre a socialização/formação/aprendizado de técnicas e práticas circenses no chamado circo-família, ela desvela um mundo onde a educação artística atingia níveis de qualidade, amplidão e conhecimento, processos de aprendizado e rigor, inimagináveis em nossas melhores escolas de formação artística. E em sua tese de doutorado aborda uma figura lendária na história do circo, Benjamim de Oliveira, com um alcance muito além da figura de palhaço, como ficou conhecido. Benjamim foi uma figura múltipla – ator, dramaturgo, diretor, compositor, instrumentista, empresário e empreendedor. Um artista que dialogou com outras linguagens e meios de comunicação da época, transitando com desenvoltura entre a tradição e a contemporaneidade. E isso, como elucida a autora, não se deveu a um isolado gênio criativo, mas estava perfeitamente em consonância com as formas e práticas do aprendizado artístico característico do circo. A inventividade de Benjamim de Oliveira lançou raízes e pode se desenvolver porque existia o terreno fértil da formação artística circense. Uma formação rigorosa, múltipla, completamente aberta às inovações e ao trânsito com outras linguagens.
No presente livro, Erminia retoma Benjamim de Oliveira e o compara a outra figura, Doracy Campos que com sua mulher, Alvina Campos, tornou-se emblema desse artista múltiplo, na segunda metade do século XX. Doracy empreendeu, inventou, criou técnicas, transitou por vários veículos de comunicação e linguagens artísticas, fez o que a sólida formação de artista circense lhe possibilitou: tornar-se um artista completo. Doracy tornou-se mais conhecido como palhaço excêntrico musical Treme-Treme que fez dupla com a palhaça Corrupita, criada por sua mulher Alvina. Ambos marcaram época nas duas últimas quadras do século XX. E aqui voltamos ao foco destas pesquisas de Erminia Silva e Celso Amâncio de Melo Filho, o palhaço excêntrico musical, um tipo que sintetiza em si toda a multiplicidade da formação do circense: ator, acrobata, inventor, cenógrafo, figurinista, dramaturgo, palhaço, instrumentista e compositor musical. Além é claro de empresário e empreendedor, funções básicas do artista circense.
Numa escrita clara, sugestiva, altamente envolvente Celso e Erminia abrem, passo a passo, o caminho em direção à essa figura iluminada do palhaço excêntrico, mais um “ser” do que um personagem. Uma figura fora do centro, fora das regras, aberto como criança a quaisquer estímulos que logo se transformam em riso e alegria em razão da maneira inusitada, inventiva com que processa e dialoga com a realidade. Uma figura risonha e ao mesmo tempo poética porque vasculha as coisas cotidianas e extrai delas ora elementos grotescos, ora elementos tão delicados que alcançam o patético, o terno, o avesso da matéria de que as coisas cotidianas são feitas. Um mágico sem truques que consegue extrair harmonias musicais de garrafas, penicos e latas, fazer música atirando moedas sobre uma pedra, consegue buscar sons, ruídos cômicos e notas musicais de bexigas e bombas de bicicletas, harmonizando, transformando numa pequena sinfonia sons, ruídos e notas musicais. O excêntrico musical traz a magia ao mundo cotidiano e revela que os mais toscos objetos cotidianos podem abrigar dentro de si uma potência inusitada quando tocados com outros objetivos. Os objetos não são o que aparentam e revelam-se em sua grandeza harmônica, revelam-nos a própria alma de que também são feitos. Esse é o mais alto grau de magia. Nada no mundo é o que aparenta. Essa é a verdade risonha que o palhaço excêntrico musical nos oferece. O tonto é sábio como só o sábio reconhece.
Como se vê, esta não é uma Apresentação rigorosa, mas isso decorre do alto poder sugestivo do trabalho desses dois pesquisadores. Não é possível uma leitura fria do livro, nem ater-se a um único assunto. Neste livro não entramos apenas na discussão teórica do palhaço excêntrico musical, entramos no universo circense, em sua história, seu complexo e rigoroso processo de formação artística fundamentado na preservação da tradição e, ao mesmo tempo, na sede da inovação; na abertura para quaisquer linguagens artísticas, na predisposição para a criação de novas formas e invenção de novos artefatos que possam alçar a arte a níveis sempre mais altos. É um livro que se lê imaginando, participando da mesma aventura e com uma vontade nostálgica e absurda de ter nascido na década de 40 do século XX e fugir, ainda menino, com um circo para aprender a fazer arte. Como Doracy Campos fez. Ou como Benjamim de Oliveira fez ainda no século XIX.
No entanto, na leitura do livro não aflora nenhum sentimento nostálgico em relação ao circo. Não há lamúrias passadistas. Não há o mais leve lamento sobre um hipotético paraíso perdido. Ao contrário, os autores deixam evidenciado que o circo é bem mais que uma lona e artistas ambulantes. O circo é um bem imaterial, é um processo de formação artística, um conjunto de técnicas rigorosas que trazem consigouma visão artística de mundo. É uma linguagem de comunicação variada e dinâmica que se traduz em um espetáculo diferenciado de outros espetáculos artísticos. E nesse sentido o circo não morre, morre a forma como ele se apresenta, imediatamente substituída por outra, seja debaixo de uma lona ou não.
Celso e Erminia após relatarem como o valioso processo de criação artística do circo transferiu-se para as escolas de circo sendo assim preservado, analisam casos de grupos de artistas que derivaram para a estética circense tendo como foco o palhaço excêntrico musical, como o Grupo Off-Sina e o Circo Amarillo. E abrem igualmente espaço para o relato do processo de reinvenção de um coletivo circense, a Cia Teatral Turma do Biribinha. São saborosas e altamente esclarecedoras as histórias desses grupos pesquisados. Revelam a força que o espetáculo circense exerceu sobre esses profissionais motivando-os a reinventá-lo ou apreendê-lo com a ajuda e ensinamentos do próprio mestre Doracy Campos, como foi o caso do Grupo Off-Sina. São aventuras exemplares de como o circo, entendido como linguagem, permanece sob outras formas, em outros espaços, com outras histórias de construção. E evidência que circo é uma linguagem múltipla, altamente dinâmica, rigorosa, que tangencia os limites do corpo, do espírito e da invenção. E o palhaço excêntrico musical tornou-se seu mastro.
E, de lambujem, como se dizia na época do circo-família, o livro traz depoimentos de novos circenses, filhos da contemporaneidade, mas formados com o velho rigor artístico da tradição.
Enfim, é um livro que vale a pena. Mesmo porque não é pena nenhuma, mas um prazer, mergulhar neste livro.
Luís Alberto de Abreu
Editora: Grupo Off-Sina (Produção)
Ano: 2014
Edição: 1º Edição
Páginas: 161
Onde Encontrar: PDF e E-Book disponíveis abaixo
Sinopse:
APRESENTAÇÃO
Em O Nome da Rosa, de Umberto Eco, o monge franciscano Guilherme de Baskerville conversa com um mestre vidreiro, beneditino, encarregado da reposição dos pequenos vidros dos imensos vitrais da abadia. O mestre vidreiro lamenta que por mais que labore não consegue dar aos vidros que fabrica as mesmas cores, as mesmas transparências, a mesma beleza que os antigos mestres, de há quase quatrocentos anos (a ação do romance dá-se no século XIII), construtores da abadia e criadores dos vitrais, conseguiram. E conclui o beneditino: “os antigos eram gigantes. Nós somos anões”. Guilherme de Baskerville, espírito aberto às mudanças do mundo, reflete um momento e concorda com o mestre vidreiro. “É verdade, nós somos anões. Mas somos anões nas costas de gigantes de tal forma que podemos ver melhor e mais longe do que os próprios gigantes conseguiram enxergar.” Não são as exatas palavras de Umberto Eco em O Nome da Rosa, lidas há mais de trinta anos, mas é esse o raciocínio e ele veio de pronto ao terminar a leitura deste livro de Erminia Silva e Celso Amâncio de Melo Filho.
O livro é sobre o palhaço circense, mais especificamente sobre um deles, o palhaço excêntrico musical. No entanto, não existe assunto único, qualquer assunto sempre refere a outros assuntos e, então, o livro se desdobra em história e organização do circo tradicional, processos de aprendizado artístico, o caráter múltiplo do espetáculo circense e algumas de suas figuras emblemáticas como Benjamim de Oliveira e Doracy e Alvina Campos. Não bastasse os autores traçam a ponte entre a tradição circense e a contemporaneidade evidenciando a importância das técnicas e procedimentos do espetáculo circense na construção espetáculos de novos grupos oriundos da música, do teatro, da performance, como o grupo Off-Sina e a Cia Teatral Turma do Biribinha e o Circo Amarillo. Por fim, o livro reafirma uma verdade que finalmente começa a se firmar: o artista de circo não pode ser encerrado numa idealização romântica de uma hipotética pureza da tradição. Ele sempre foi contemporâneo, sempre fez a transição entre as técnicas e a mentalidade do passado e as novas ideias e técnicas que os novos tempo s requeriam e necessitavam. O artista circense também não pode ser relegado a simples rodapé na história das artes e espetáculos como querem os pesquisadores e historiadores das “artes cultas”. O artista circense é, e sempre foi, extraordinariamente maior do que pode imaginar o senso comum ou o preconceito que, desde o século XVIII, a cultura dominante abriga e dissemina: o circo é divertimento das classes menos abastadas e como tal é um amontoado grosseiro de técnicas sofríveis que não conseguiriam alçar à altura de uma verdadeira Poética.
Em O Nome da Rosa, de Umberto Eco, o monge franciscano Guilherme de Baskerville conversa com um mestre vidreiro, beneditino, encarregado da reposição dos pequenos vidros dos imensos vitrais da abadia. O mestre vidreiro lamenta que por mais que labore não consegue dar aos vidros que fabrica as mesmas cores, as mesmas transparências, a mesma beleza que os antigos mestres, de há quase quatrocentos anos (a ação do romance dá-se no século XIII), construtores da abadia e criadores dos vitrais, conseguiram. E conclui o beneditino: “os antigos eram gigantes. Nós somos anões”. Guilherme de Baskerville, espírito aberto às mudanças do mundo, reflete um momento e concorda com o mestre vidreiro. “É verdade, nós somos anões. Mas somos anões nas costas de gigantes de tal forma que podemos ver melhor e mais longe do que os próprios gigantes conseguiram enxergar.” Não são as exatas palavras de Umberto Eco em O Nome da Rosa, lidas há mais de trinta anos, mas é esse o raciocínio e ele veio de pronto ao terminar a leitura deste livro de Erminia Silva e Celso Amâncio de Melo Filho.
O livro é sobre o palhaço circense, mais especificamente sobre um deles, o palhaço excêntrico musical. No entanto, não existe assunto único, qualquer assunto sempre refere a outros assuntos e, então, o livro se desdobra em história e organização do circo tradicional, processos de aprendizado artístico, o caráter múltiplo do espetáculo circense e algumas de suas figuras emblemáticas como Benjamim de Oliveira e Doracy e Alvina Campos. Não bastasse os autores traçam a ponte entre a tradição circense e a contemporaneidade evidenciando a importância das técnicas e procedimentos do espetáculo circense na construção espetáculos de novos grupos oriundos da música, do teatro, da performance, como o grupo Off-Sina e a Cia Teatral Turma do Biribinha e o Circo Amarillo. Por fim, o livro reafirma uma verdade que finalmente começa a se firmar: o artista de circo não pode ser encerrado numa idealização romântica de uma hipotética pureza da tradição. Ele sempre foi contemporâneo, sempre fez a transição entre as técnicas e a mentalidade do passado e as novas ideias e técnicas que os novos tempo s requeriam e necessitavam. O artista circense também não pode ser relegado a simples rodapé na história das artes e espetáculos como querem os pesquisadores e historiadores das “artes cultas”. O artista circense é, e sempre foi, extraordinariamente maior do que pode imaginar o senso comum ou o preconceito que, desde o século XVIII, a cultura dominante abriga e dissemina: o circo é divertimento das classes menos abastadas e como tal é um amontoado grosseiro de técnicas sofríveis que não conseguiriam alçar à altura de uma verdadeira Poética.
Há tempos que a historiadora Erminia Silva investe contra esse tipo de desinformação e de preconceito. Desde sua dissertação de mestrado sobre a socialização/formação/aprendizado de técnicas e práticas circenses no chamado circo-família, ela desvela um mundo onde a educação artística atingia níveis de qualidade, amplidão e conhecimento, processos de aprendizado e rigor, inimagináveis em nossas melhores escolas de formação artística. E em sua tese de doutorado aborda uma figura lendária na história do circo, Benjamim de Oliveira, com um alcance muito além da figura de palhaço, como ficou conhecido. Benjamim foi uma figura múltipla – ator, dramaturgo, diretor, compositor, instrumentista, empresário e empreendedor. Um artista que dialogou com outras linguagens e meios de comunicação da época, transitando com desenvoltura entre a tradição e a contemporaneidade. E isso, como elucida a autora, não se deveu a um isolado gênio criativo, mas estava perfeitamente em consonância com as formas e práticas do aprendizado artístico característico do circo. A inventividade de Benjamim de Oliveira lançou raízes e pode se desenvolver porque existia o terreno fértil da formação artística circense. Uma formação rigorosa, múltipla, completamente aberta às inovações e ao trânsito com outras linguagens.
No presente livro, Erminia retoma Benjamim de Oliveira e o compara a outra figura, Doracy Campos que com sua mulher, Alvina Campos, tornou-se emblema desse artista múltiplo, na segunda metade do século XX. Doracy empreendeu, inventou, criou técnicas, transitou por vários veículos de comunicação e linguagens artísticas, fez o que a sólida formação de artista circense lhe possibilitou: tornar-se um artista completo. Doracy tornou-se mais conhecido como palhaço excêntrico musical Treme-Treme que fez dupla com a palhaça Corrupita, criada por sua mulher Alvina. Ambos marcaram época nas duas últimas quadras do século XX. E aqui voltamos ao foco destas pesquisas de Erminia Silva e Celso Amâncio de Melo Filho, o palhaço excêntrico musical, um tipo que sintetiza em si toda a multiplicidade da formação do circense: ator, acrobata, inventor, cenógrafo, figurinista, dramaturgo, palhaço, instrumentista e compositor musical. Além é claro de empresário e empreendedor, funções básicas do artista circense.
Numa escrita clara, sugestiva, altamente envolvente Celso e Erminia abrem, passo a passo, o caminho em direção à essa figura iluminada do palhaço excêntrico, mais um “ser” do que um personagem. Uma figura fora do centro, fora das regras, aberto como criança a quaisquer estímulos que logo se transformam em riso e alegria em razão da maneira inusitada, inventiva com que processa e dialoga com a realidade. Uma figura risonha e ao mesmo tempo poética porque vasculha as coisas cotidianas e extrai delas ora elementos grotescos, ora elementos tão delicados que alcançam o patético, o terno, o avesso da matéria de que as coisas cotidianas são feitas. Um mágico sem truques que consegue extrair harmonias musicais de garrafas, penicos e latas, fazer música atirando moedas sobre uma pedra, consegue buscar sons, ruídos cômicos e notas musicais de bexigas e bombas de bicicletas, harmonizando, transformando numa pequena sinfonia sons, ruídos e notas musicais. O excêntrico musical traz a magia ao mundo cotidiano e revela que os mais toscos objetos cotidianos podem abrigar dentro de si uma potência inusitada quando tocados com outros objetivos. Os objetos não são o que aparentam e revelam-se em sua grandeza harmônica, revelam-nos a própria alma de que também são feitos. Esse é o mais alto grau de magia. Nada no mundo é o que aparenta. Essa é a verdade risonha que o palhaço excêntrico musical nos oferece. O tonto é sábio como só o sábio reconhece.
Como se vê, esta não é uma Apresentação rigorosa, mas isso decorre do alto poder sugestivo do trabalho desses dois pesquisadores. Não é possível uma leitura fria do livro, nem ater-se a um único assunto. Neste livro não entramos apenas na discussão teórica do palhaço excêntrico musical, entramos no universo circense, em sua história, seu complexo e rigoroso processo de formação artística fundamentado na preservação da tradição e, ao mesmo tempo, na sede da inovação; na abertura para quaisquer linguagens artísticas, na predisposição para a criação de novas formas e invenção de novos artefatos que possam alçar a arte a níveis sempre mais altos. É um livro que se lê imaginando, participando da mesma aventura e com uma vontade nostálgica e absurda de ter nascido na década de 40 do século XX e fugir, ainda menino, com um circo para aprender a fazer arte. Como Doracy Campos fez. Ou como Benjamim de Oliveira fez ainda no século XIX.
No entanto, na leitura do livro não aflora nenhum sentimento nostálgico em relação ao circo. Não há lamúrias passadistas. Não há o mais leve lamento sobre um hipotético paraíso perdido. Ao contrário, os autores deixam evidenciado que o circo é bem mais que uma lona e artistas ambulantes. O circo é um bem imaterial, é um processo de formação artística, um conjunto de técnicas rigorosas que trazem consigouma visão artística de mundo. É uma linguagem de comunicação variada e dinâmica que se traduz em um espetáculo diferenciado de outros espetáculos artísticos. E nesse sentido o circo não morre, morre a forma como ele se apresenta, imediatamente substituída por outra, seja debaixo de uma lona ou não.
Celso e Erminia após relatarem como o valioso processo de criação artística do circo transferiu-se para as escolas de circo sendo assim preservado, analisam casos de grupos de artistas que derivaram para a estética circense tendo como foco o palhaço excêntrico musical, como o Grupo Off-Sina e o Circo Amarillo. E abrem igualmente espaço para o relato do processo de reinvenção de um coletivo circense, a Cia Teatral Turma do Biribinha. São saborosas e altamente esclarecedoras as histórias desses grupos pesquisados. Revelam a força que o espetáculo circense exerceu sobre esses profissionais motivando-os a reinventá-lo ou apreendê-lo com a ajuda e ensinamentos do próprio mestre Doracy Campos, como foi o caso do Grupo Off-Sina. São aventuras exemplares de como o circo, entendido como linguagem, permanece sob outras formas, em outros espaços, com outras histórias de construção. E evidência que circo é uma linguagem múltipla, altamente dinâmica, rigorosa, que tangencia os limites do corpo, do espírito e da invenção. E o palhaço excêntrico musical tornou-se seu mastro.
E, de lambujem, como se dizia na época do circo-família, o livro traz depoimentos de novos circenses, filhos da contemporaneidade, mas formados com o velho rigor artístico da tradição.
Enfim, é um livro que vale a pena. Mesmo porque não é pena nenhuma, mas um prazer, mergulhar neste livro.
Luís Alberto de Abreu
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